Sábado. Sol. Um dia bom depois de uma noite de sexta-feira qualquer, que não foi muito qualquer mais uma sexta-feira boa, como outras quaisquer. Um dia lindo, ensolarado, com meu ventilador fresquinho escrevendo em meu pequeno quarto, arrumadinho e com a cama bagunçada. Hoje me parece um bom dia para fazer muitas coisas, entre elas, não fazer nada e continuar curtindo essa sensação enquanto há tempo. Já pararam para pensar como é bom prolongar algumas sensações? A sensação do frescor e calmaria de um sábado de manhã; a sensação de ser amada de uma sexta-feira à noite que não foi tão qualquer assim; a sensação de ansiedade para começar algum projeto novo ou retomar algum projeto antigo; eu sempre busco renovar e prolongar minhas sensações.
O bom de viver, é que temos os 5 sentidos e mais um: sensação espiritual. Como é bom poder ter este sexto sentido. A partir dele é que guardamos boas memórias e produzimos novas, baseadas nas antigas e projetadas com as futuras. O melhor de viver, é que isso tudo pode ficar armazenado lá dentro, na nossa memória e, principalmente, no nosso coração.
Ao mesmo tempo que existem boas sensações, me recordo das ruins. Daquele momento constrangedor em que você passou vergonha por qualquer motivo; daquele dia em que você foi rejeitada por alguém e nessa mesma hora só conseguia chorar, entre outras. Várias lembranças que trazem sensações ruins. Nesse momento eu começo a pensar que não vale à pena gastar memória no meu disco rígido pessoal com esse tipo de recordação e sensação. Mais vale eu ter 5 lembranças lindas como a de um sábado com a cara de hoje, do que ter 20 lembranças horríveis sobre quantas vezes fui enganada, esquecida, levei "bolo" e tudo mais.
Hoje é um sábado lindo porque, além de ser sábado de sol e de paz, é um sábado depois de uma sexta-feira linda.
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