O que é a vida? Quem foi que inventou essa história de nascer, crescer, e depois ainda temos que morrer... Já não bastasse o sofrimento de ter que reagir às atrocidades da vida, ainda temos que ter algum jeito de morrer. Acidentes, doenças, velhice... Pois é, nascemos bebês chatos, berrentos e carecas, que incomodam a noite inteira e não conseguem nem se quer se limpar... Depois, crescemos um pouquinho, e já somos crianças chatas, que correm por todos os lugares, descabelam os pais e enrugam as mães. Crianças que quebram tudo, brigam, fazem macaquices e isso até quando aprendem a mentir e chantagear! Mas isso nem é o pior, e depois? Quando viramos adolescentes. Oh céus, essa é a pior fase. Ficamos rebeldes, desunidos, desordenados, loucos e revolucionários, nos achamos donos do mundo e de todas as razões. E quem ousar dizer que não o somos, vai pro buraco também! Mas depois vem a época que mais dura. A idade adulta. Onde surgem os problemas, a falta de dinheiro, a falta de amor, a falta de tudo, tudo falta e nunca se tem o suficiente, aí ficamos loucos, mesmo que não aparentamos, ficamos totalmente fora de nós. Fazemos tempestades em copo d'água e muitas vezes arrumamos desculpas para o que não se tem desculpa. E por final, passamos à velhice. Doenças, falta de força, falta de ânimo muitas vezes, desgostos, implicâncias, cabelo branco, sem cabelo...
Pois é, a vida pode ser mesmo muito ruim. Pelo tanto de coisas que passamos, desgostos, brigas, dificuldades, criancices, deveríamos viver no mínimo mais uns 100 anos além da média de vida. Mas não é possível. Vivemos só um tanto de anos, e acabou-se o que era doce. Morremos derrepente, como se nada do que fizemos, nada do que sofremos, valesse à pena o suficiente para que pudéssemos viver mais. Quem foi que inventou isso?! Dizem muitos que foi Deus. Outros dizem que ninguém inventou isso, que isso se deu ao acaso, à evolução, ao big bang. Mas seja lá quem foi, foi muito esperto. Isso tudo não passa de uma charada! Um teste. Uma pegadinha que foi muito bem planejada. Como aquelas pegadinhas de televisão, que você passa por um lugar, acontece alguma coisa e o telespectador fica esperando para ver a sua reação. E é assim que funciona, na vida, acontecem várias coisas, ao mesmo tempo que nós somos testados, testamos outras pessoas, como os bebês e crianças que dão trabalho, testando seus pais, e ao mesmo tempo aprendendo a ser testados. Aprendendo a sobreviver neste mundo cercado de pessoas ruins, de situações perigosas, mas até as pessoas ruins são ruins porque não suportaram ser testadas.
Mas o que devemos fazer diante de tanta pressão? Com certeza desistir não devemos. A vida é assim mesmo, nunca mudou e nunca vai mudar, não importam os padrões da sociedade, o estilo de vida que veio mudando com o passar dos séculos, o ciclo continuará igual, as pessoas continuaram do mesmo jeito, sempre haverão situações adversas, boas e ruins, oportunidades, desgraças, vitórias e principalmente derrotas. Só que às vezes somos fracos demais. E é aí que está o problema: essa fraqueza desordenada e sem o mínimo de beleza. Devemos ser fortes e aprender a superar os testes do mundo, e fazer diferente, reagir, ser alguém, ter um pensamento, ter inteligência suficiente e principalmente curtir a vida. Apesar de ter muitos e muitos pontos negativos, de sermos chatos quando pequenos, adultos e idosos, e convivermos com pessoas assim, há motivos para sorrir, e devemos enxergá-los e mostrar aos demais o quão linda pode ser a vida e quão feliz podemos ser. Porque se a cada dia que levantarmos da cama, esboçarmos um mal humor, nossos dias serão ruins, tristes e solitários, porque estaremos despreparados para o mundo, enquanto poderíamos acordar e sorrir, e passar isso a diante. Com certeza, estaríamos mais fortes e preparados para viver.